Pular para o conteúdo principal

Grupo Teatral Parlendas e sua Circulação Literária

O Grupo Teatral Parlendas, de São Paulo, contemplado com o Prêmio Cirulação Literária da Funarte (2010), escolheu em seu vasto roteiro de trabalho e incluiu Xapuri para brindar com suas oficinas e apresentações de esquetes tetrais e circenses.

O Parlendas foi um dos primeiros grupos a iniciar o processo de circulação, graças a benvinda doação das passagens aéreas para seis empolgantes artistas.

Todos registram tudo e suas percepções - e opiniões sobre todas as cidades que visitam, incluindo Xapuri - podem ser lidas em seu blog: http://grupotetralparlendas.blogspot.com/ .

Os artistas contam que em todas as cidades garantiram apoio das prefeituras. Em Xapuri entraram em contato com a Fundação Municipal de Cultura e acabaram hospedados nos apartamentos pertencentes a Igreja Católica local, conforme pode ser lido:

"Em Xapuri ao invés da pousada que falaram que iamos ficar, nos receberam na Igreja e Sebastião. Ficamos em dois quartos mais uma sala, um trabalhão pra limpar (...) Fora isso os banheiros eram tranquilos, e conseguimos colchões e uma rede! Dava para usar a cozinha a vontade e havia pia e um tanquinho de bater para lavar roupa.", diz Pedro Bacellar em recente post.
Em postagem mais antiga, outra artista do grupo, Jussara Vicente, acrescenta seus olhares sobre a Princesinha do Acre:
“Xapuri é uma cidade charmosa e o povo desse lugar é receptivo e acolhedor. (...) Tem cada cantinho interessante nessa cidade e grandes personalidades, cheias de histórias e "causos". A farinha daqui é maravilhosa, impossível resistir. Ah! E andamos de barco pra ir de um bairro a outro. (...) já penso na saudade que irei sentir daqui.”

Mas não acharam ruim. Conheceram a mata, o
povo, os mitos, os heróis e a opinião do povo sobre eles, além de criar a própria imagem, bem diferente daquele quadro midiático imposto pelo capitalismo sobre a Amazônia de Chico, mas certamente no rumo certo da vivência de gente de verdade.

Também trouxeram sua arte e levaram aos brincantes - participantes das oficinas - um pouco da cultura, da arte, do Parlendas.

Muito deixaram e muito levaram, mas não sem antes muito construir.
Também vale dar uma conferida no Flickr da trupe: http://www.flickr.com/photos/parlendas e destacar que o Parlendas ficou em Xapuri cerca de 15 dias, na última quinzena de dezembro de 2010.

Fotos:
*Todas são do arquivo do Grupo.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O jacamim

O jacamim mora na floresta, costuma andar de bando com 10 a 15. É uma ave interessante, de cor branca com preto, tem o pescoço comprido, as pernas finas e grandes. Durante o dia anda no chão, porém à noite ele voa para uma árvore alta para dormir, pois assim se sente mais protegido. Ele gosta de esturrar de dia e à noite quando está na dormida. Corre muito na restinga e até no mato cerrado, como no esperaizal e no tabocal. Se alimenta de frutas de copaíba, guariúba, manitê, pama e itaúba; de insetos como formigas, aranhas e besouros, de embuá, minhocas da terra firme, mossorondongo e gongos. Além disso o jacamim ainda se alimenta de animais como a cobra, o sapo e o jabuti. A história do jacamim é quase idêntica à do queixada: por onde eles passam acabam com tudo o que tem pela frente. Apesar de ser um pássaro é muito perigoso para outros animais pequenos. Faz o ninho em paxiúba ou em pau ocado. Põe até 4 ou 5 ovos e sempre quem choca é o casal. Isso acontece no fim do verão. Qua

A vida nas famílias xapurienses (Período de 1940 – 1960)

Nas décadas de 1940 a 1960 as famílias xapurienses tinham seus valores centralizados na educação familiar, escolar e religiosa. A família era patriarcal, conservadora e tradicional. O pai representava a figura central, onde todos deviam temê-lo e obedecê-lo, fazendo aquilo que ele mandava e não o que ele fazia. A figura da mãe era vista como a “rainha do lar” onde tinha obrigações de cuidar bem dos filhos, marido e dos trabalhos domésticos. Cabia somente aos homens trabalhar “fora” e garantir o sustento da família. As mulheres desempenhavam sua função dentro do lar, pois, na vida pública, ainda não havia conquistado os seus espaços. Eram muitas vezes reprimidas de seus desejos, anseios, sonhos vivendo subjugadas às ordens de seus esposos. O pais é que escolhiam a “pessoa ideal” para casar com seus filhos, dependendo da classe social e da família em que estavam inseridos. A maioria dos casamentos se dava por interesse econômico entre ambas famílias. Os filhos, desde cedo, eram e

O Hino de Xapuri

O Hino de Xapuri tem como autor da letra, o cearense de Fortaleza, nascido em 02 de fevereiro de 1921 “Fernando de Castela Barroso de Almeida”, radicado no Acre em 1943. Trabalhou cortando seringa no Seringal Liberdade, no Alto Purus, escolhido para ser escrevente e redator de cartas do patrão, logo passa a ser gerente e anos depois mudar-se para Manuel Urbano. E logo em seguida fixa residência em Rio Branco. Escritor, poeta e jornalista, publicou as obras literárias Poesias Matutas e Poesias ao Deus Dará. Segundo o mestre Zuca, seu amigo, a letra do Hino de Xapuri foi escrita em Rio Branco-AC. A música do Hino de Xapuri foi instrumentalizada pelo mestre de música Sargento JOSÉ LÁZARO MONTEIRO NUNES, falecido na cidade de Rio Branco, em 07 de setembro de 1988, aos 59 anos de idade. Hino de Xapuri I Página viva da história acreana recebe o nosso afeto e gratidão reverente o teu povo se irmana neste hino que é hino e oração II Terra formosa, terra gentil És Princesa do Acr